quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Última morada


Esta é a tua última morada Afonsinho, não era assim que eu imaginava a tua despedida, não era agora, era uma despedida distante... anos e anos de companheirismo. A vida precipitou-se e teve que ser assim. Todas as despedidas são forçadas quando gostamos realmente de quem nos despedimos, são todas elas dolorosas, mas são inevitáveis. Um dia todos nos iremos despedir de quem gostamos.

Sabes bem que eu não me consegui despedir de ti, ainda custa tanto pensar que te perdi, eras parte de mim e isso nunca vou esquecer.

Hoje consegui ir até ao pé do local onde foste colocado, desculpa não ter estado lá muito tempo, eu sei que foram só uns breves segundos mas não consegui mais. As memórias começaram a correr na minha mente parecia uma cascata, tudo, o teu cheiro, o teu miar as tuas patinhas, o teu pelo... é tudo tão difícil e tão injusto. Ainda estou inconformada e estarei para todo sempre, não perdou-o a quem quer que seja que nos tenha separado assim... não me perdou-o a mim própria por ter permitido isto. Coloquei lá umas florzinhas, para a próxima serão mais bonitas, desculpa mas foi uma coisa de momentos.

Eu sei que é um local frio, chove, está à mercê do tempo, mas na Primavera fica lindíssimo com todas aquelas florinhas silvestres, no Verão com todos aqueles cachos de uvas pendentes de centenas e centenas de videiras, no Outono todas aquelas cores maravilhosas e no Inverno aqueles cheiros a pinho e eucalipto.
Tens centenas e centenas de metros para que o teu espírito corra livremente, desfrute da natureza em pleno, estás pertinho de quem chora por ti... estás livre!!!

Descansa em paz Afonsinho!!!

1 comentário:

  1. Meu eterno amigo, estás na tua ultima morada. Ficaste a "dormir" perto da tua dona, e sempre que ela queira poderá ir falar contigo. Contudo e apesar de me repetir, estarás sempre na memória e dentro do coração dela. Descansa em paz, nunca serás esquecido...para toda a eternidade CIRO

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